Empresas que amadureceram ou ampliaram seus negócios no âmbito do Parque Tecnológico Metrópole Digital (Metrópole Digital) têm alcançado índice de sucesso maior do que a média nacional. Segundo levantamento do próprio polo de TI do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), a taxa de sucesso dessas startups ultrapassa 93%, com 15 das suas 16 startups graduadas prosperando, enquanto a média em todo o Brasil é de 50%.

A análise do Metrópole Parque foi feita levando em consideração as startups que se graduaram em seu programa de incubação de empresas. Ou seja, tratam-se de negócios que cumpriram todo o percurso formativo ofertado pelo Parque, passando pela fase de pré-incubação, a de incubação e, por fim, recebendo o certificado de graduadas, o que pode ser comparado à formatura de um estudante de graduação.

A pesquisa de alcance nacional sobre o sucesso das startups foi feita pela Fundação Dom Cabral, que aponta que metade dessas empresas deixam de funcionar após 4 anos de atuação, e apenas 25% continuam suas atividades após 13 anos. O levantamento do Metrópole Parque considera empresas que nasceram nos últimos 11 anos.

Segundo o diretor do Parque, Rodrigo Romão, o êxito dessas empresas reflete o ambiente e as estratégias de apoio e desenvolvimento oferecidas pelo Metrópole Parque. Exemplo disso acontece por meio de conexões entre empreendedores e instituições, consultorias, benefícios fiscais e ações de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) feitas junto a grandes corporações do mercado.

Além disso, as startups do polo de TI do IMD não se limitam a um único segmento de mercado. “Temos sucesso disseminado em várias áreas, incluindo saúde, educação, desenvolvimento de software e inteligência de dados” comenta Romão.

São exemplos dessas empresas a Futebol Interativo, especializada em conteúdos online para o segmento futebolístico, e a Mix Internet, empresa de tecnologia voltada ao segmento de Marketing Digital. Além dessas, o Metrópole Parque ainda abrange a ESIG Software, maior empresa de TI do Rio Grande do Norte, que integra o ESIG Group.

Metrópole Parque

Atualmente, o Metrópole Parque abriga, ao todo, 150 empresas, dentre credenciadas, incubadas e pré-incubadas. “Estamos, inclusive, com 100% de ocupação presencial em nossa incubadora e devemos chegar a 39 empresas em breve. No ano passado, tínhamos apenas 22 empresas incubadas, ou seja, quase dobramos esse número em apenas 12 meses", destaca Romão.

Esse crescimento se reflete também no faturamento e na geração de empregos para o mercado potiguar. As empresas associadas ao Parque já alcançaram um faturamento conjunto de cerca de R$ 300 milhões. Além disso, o número de postos de trabalho gerados já ultrapassa os 3 mil, quando consideradas as oportunidades ofertadas por essas empresas e também as bolsas de pesquisa disponibilizadas pelo IMD em projetos de PD&I.

Expandir

Além do sucesso de mercado, Rodrigo Romão conta que um dos objetivos do Parque para os próximos anos é a sua busca por internacionalização. “Temos de três a quatro startups já atuando no mercado internacional. Nosso plano é expandir essa atuação para igualar o padrão dos melhores parques tecnológicos do mundo,” comenta o diretor.

O futuro do Metrópole Parque também envolve o investimento cada vez maior em Ciência e pesquisa atrelada ao empreendedorismo. “Somos procurados por negócios de biotecnologia, ciências de materiais e outras áreas, e a tendência é um aumento significativo das chamadas deep techs, startups baseadas em ciência de ponta,” diz Romão.

Tais startups que nascem com base científica destacam-se por sua capacidade única de oferecer soluções tanto inovadoras como altamente especializadas, muitas vezes protegidas por patentes.

Esse diferencial não apenas facilita sua entrada no mercado, mas também as posiciona como potenciais líderes em setores, dada a dificuldade de replicação de suas tecnologias por concorrentes.

“A visão de ser um ambiente de referência está se concretizando, e estamos prontos para os próximos desafios, incluindo a atração de grandes corporações e a ampliação das deep techs,” conclui Romão.