Contribuir para internacionalizar o setor produtivo de Tecnologia da Informação do Rio Grande do Norte. Este é o objetivo da articulação da Rede Potiguar de Fomento à Internacionalização, iniciativa da Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Brasil-Portugal e do Parque Tecnológico Metrópole Digital, que também conta com a parceria do Sebrae, Fiern, Governo do RN, Prefeitura do Natal e Rede Potiguar de Incubadoras e Parques Tecnológicos (Repin).
A primeira ação a ser realizada pela rede será a promoção de cinco webinars (seminários através da web), que contarão com a participação de especialistas do mercado e terão por objetivo traçar um cenário completo para quem quer internacionalizar seus negócios, em especial no que diz respeito ao mercado português e europeu. Ao final de cada encontro, também será reservado um canal individual ou em grupo para tirar dúvidas dos empreendedores participantes.
O primeiro webinar acontece no próximo dia 21 de agosto, às 15h, e terá como expositora a CEO da empresa paulistana Sterna, Raquel Kibrit. Especialista em internacionalização de empresas, ela é formada em Relações Internacionais, com pós-graduação em Gestão de Negócios e Projetos e possui MBA pelo INSPER. A Sterna já atuou na internacionalização de 50 empresas e seu mais recente trabalho foi feito junto ao Porto de Santos, o maior da América Latina. As inscrições podem ser feitas por meio deste link.
Parque
O diretor do Parque Metrópole, Rodrigo Romão, ressalta a importância da iniciativa para contribuir para que os empreendedores locais passem a ter um pensamento global quanto aos seus negócios. “Por que não, logo no início de um empreendimento, pensá-lo de forma internacional?”, propõe ele.
Romão afirma que, do ponto de vista econômico, o momento é propício para o planejamento de ações de internacionalização, seja para superar o momento de dificuldade trazido pela pandemia, seja devido à desvalorização do Real. “O passo seguinte a esse momento de sensibilização, por meio dos webinars, seria formar um pool de empresas interessadas, com as quais a Câmara Brasil-Portugal poderia atuar em aspectos como a negociação de parcerias,” diz Romão.
Rede
A diretora de internacionalização e relacionamento com o mercado da Câmara Brasil-Portugal, Daniela Freire, destaca que o fato de vários órgãos ligados à Rede já terem projetos voltados para o mercado exterior facilitou a criação da parceria. “Isso demostrou que as instituições do Estado não só estão atentas a soluções para mitigar o impacto da crise, como também atuando em bloco para estimular e preparar o empresariado local visando expandir mercado e fazer negócios com outros países, diversificando o risco da operação e tornando as empresas mais competitivas”, destaca ela.
Daniela Freire também aponta a fase como oportuna para iniciativas do tipo. “O peso da moeda e os incentivos por parte do governo europeu ao longo dos próximos meses e anos são fatores que favorecem a expansão de mercado neste momento e não devemos perder esta janela”, defende. Ela conta que o órgão tem interesse em estimular o comércio entre os dois países e que o objetivo “é usar sua expertise e rede de parceiros para auxiliar na retomada econômica do Brasil”.
Oportunidade
Já o secretário municipal de planejamento, Alexsandro Ferreira Cardoso da Silva, afirma que a articulação para a Rede de Fomento faz-se importante, dentre outros motivos, por se constituir numa “renovada oportunidade de ampliar as parcerias institucionais já existentes e fomentar novos contatos”. Segundo ele, “é bem-vinda a iniciativa de estabelecer fortes vínculos com Portugal, seu ambiente de negócios, como porta de entrada ao mercado Europeu”.
A implementação de medidas de formação para os empreendedores na área de internacionalização é destacada pelo diretor da Rede Potiguar de Incubadoras e Parques Tecnológicos (Repin), Anderson Paiva Cruz. Eleconta que, dentre as ações previstas, está a implementação de cursos de capacitação, por parte do Governo do RN, voltados para CEOs de empresas. “A ideia é que os empreendedores possam conhecer os vários aspectos da internacionalização, de modo a fortalecê-las e prepará-las nesse processo”, explica. “O mais importante é que essas instituições estão atuando de modo a fortalecer a internacionalização como um vetor desenvolvimento do Estado”, aponta.