Dar início a uma empresa de tecnologia nem sempre envolve um grande investimento. No entanto, em algum momento de sua consolidação, um nível maior de recursos – por motivos variados – acaba se fazendo necessário. E a dificuldade é que as startups em fase inicial de existência geralmente não possuem tais recursos à disposição.
Para superar esse desafio e proporcionar a construção e consolidação de modelos de negócio escaláveis, os editais de fomento se constituem em um importante instrumento. E felizmente existem atualmente várias possibilidades nessa área, promovidas por instituições como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC), Sebrae, Finep, CNPq, dentre outras.
Por isso resolvemos falar um pouco sobre tipos de editais e programas de fomento a startups, além de exemplificar algumas das mais importantes iniciativas desse tipo no Brasil.
Tipos de Editais
Cada edital possui um intuito diferente, como por exemplo: crescimento da empresa, contato com investidores anjo, formação de novos negócios ou projetos, internacionalização, inserção de pesquisadores em empresas, dentre outros. Já os recursos disponibilizados, variam entre aportes financeiros, mentorias especializadas, formação de parcerias, espaço para a realização de pitchs e networking.
Para participar de editais, nem sempre as startups precisam ser consolidadas, já que alguns são feitos justamente para ajudar na formação das empresas. Por isso, é importante conferir os pré-requisitos de cada programa.
Exemplos de editais
São exemplos de editais de sucesso o InovAtiva Brasil, programa promovido pelo Governo Federal e Sebrae com quatro meses de capacitações on-line; o Capital Empreendedor, projeto também do Sebrae que auxilia empresas de todo o Brasil a prospectarem investidores de risco. Para isso, ambas as iniciativas contam com workshops, oficinas de pitch, mentorias e oportunidades de apresentação de negócios em circuitos de investimentos.
Outro incentivo importante é o que visa a internacionalização de startups. Visando esse objetivo existe o programa StartOut, voltado para inserir startups brasileiras nos mais promissores ecossistemas de inovação no mundo. O programa é destinado a empreendedores brasileiros da área de Tecnologia da Informação (TI) com negócios já estabelecidos ou que tenham recebido algum tipo de investimento financeiro, e oferece 40 vagas em seu ciclo inicial.
Voltado agora à formação de empreendedores ou novos negócios, também podemos citar o Conecta Startup (organizado pelo MCTIC em parceria com outras instituições), que oferece investimento de até R$ 200 mil por meio da submissão de desafios tecnológicos de grandes empresas, visando a conexão destas com as startups.
Já o Programa Centelha busca ideias com potencial de se tornarem um negócio de sucesso, por meio do desenvolvimento de produtos, processos ou serviços inovadores – ou seja, direciona-se para empreendedores na fase inicial de seus negócios.
Também é importante citar programas como o TechD, voltado ao financiamento de projetos de desenvolvimento tecnológico na área de TI, bem como o Fundo de Investimentos Criatec 3, que atua na capacitação e apoio às micros e pequenas empresas com potencial de crescimento na área de tecnologia, contribuindo principalmente na parte de gestão e estratégia. Outra forma de atuação desse programa é a promoção do Roadshow Criatec 3, evento realizado em várias capitais do Nordeste com o objetivo de realizar aportes de recursos – que podiam variar, em sua última edição, de R$ 1,5 milhão a R$ 10 milhões.