A crença de que a tecnologia têm contribuído para o surgimento de novas profissões é verdadeira. A cada ano, novas linguagem de programação, processos de trabalho e estratégias tem feito empresas, especialmente as de TI, enxergarem a necessidade de atualizar seu quadro de profissionais e lançar vagas de emprego cada vez mais especializadas.

Neste mês, a nossa plataforma de emprego, a Jerimum Jobs, anunciou mais de 30 oportunidades para profissionais de diversas áreas com formações de nível superior completo ou incompleto e, das vagas, algumas dessas novas profissões tomaram a vez.

Quer saber um pouco mais sobre esses novos cargos e funções que estão “pipocando” nas seleções de emprego de empresas de TI? Leia nosso post e fique por dentro!

Desenvolvedor generalista? Pense de novo!

Um dos cargos mais recorrentes nas seleções de empresas de TI é o de desenvolvedor de sistemas. Essa profissão, muitas vezes, é a que oferece os maiores salários, mas se você pensa que as vagas são todas destinadas para desenvolvedores “generalistas”, se enganou.

Isso porque cada linguagem de programação requer uma perícia especializada, logo, as oportunidades de emprego podem variar, por exemplo, entre desenvolvedor Java, desenvolvedor PHP, .NET, Django, Laravel e por aí vai.

Segundo o professor Gustavo Girão, coordenador do Bacharelado em Tecnologia da Informação (BTI) do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), é bastante improvável que um profissional conheça todas as linguagens de programação, pois a variedade é imensa e, ainda que o desenvolvedor consiga estudar todas elas, é provável que seu conhecimento seja superficial.

“O melhor é se familiarizar com os conceitos principais das linguagens e saber utilizá-los bem quando for necessário”, enfatiza o docente.

Além da linguagem, outro quesito importante a ser levado em conta na hora de contratar ou candidatar-se a uma vaga de emprego em TI é o tipo de desenvolvimento, cada qual com a sua vaga de emprego.

Os principais são três: front-end (interface do sistema), back-end (códigos de execução sem interface direta com o usuário) e fullstack, que contempla ambos os anteriores.

Experiência: um importante diferencial

Ainda sobre desenvolvimento de TI, outro aspecto que ganha ênfase na forma de contratação de pessoal hoje em dia é o nivelamento por experiência. Ou seja, não basta dizer que é desenvolvedor, a empresa deve saber qual o seu nível de experiência profissional, o qual, normalmente, é estabelecido por anos de atuação.

Então são três as categorias: júnior, pleno e sênior. A primeira é destinada a pessoas com três a quatro anos de experiência e contempla atividades que, normalmente, visam a otimização de códigos de programação (correção de erros, melhoramento de legibilidade, entre outras tarefas).

Já o nível pleno designa profissionais com mais de cinco anos de experiência “capazes de gerar códigos com menos erros, maior grau de compatibilidade de interfaces e melhor legibilidade, afinal, o mais comum é que seu código seja utilizado por outros programadores”, explica Gustavo Girão.

Por fim, a função de desenvolvedor sênior é reservada para profissionais experientes com mais de oito anos de atuação. Essas pessoas apresentam conhecimento em engenharia de software e boas práticas em programação e são capazes de delegar tarefas de desenvolvimento. “Este desenvolvedor não se preocupa somente em entregar uma solução, mas a melhor em diferentes aspectos”, conta Girão.

O nome diz tudo

Dentre as funções que tem sido demandadas no mercado atualmente, algumas possuem uma nomenclatura tão sugestiva que apenas ler seus nomes já é o suficiente para intuir suas funções. Mas, não se engane: apesar de parecerem simples, alguns desses cargos podem exigir conhecimentos amplos e multidisciplinares.

Esse é o caso da profissão sucesso do cliente (“customer success”). Nessa função, o profissional relaciona-se continuamente com o cliente a fim de garantir que o mesmo utilize o produto da empresa da melhor forma, obtendo real valor com a experiência. Para isso, é preciso que esse profissional analise dados, trace estratégias e utilize ferramentas para compreender as reais necessidades dos consumidores.

Outro exemplo é o análise de requisitos. Como o próprio nome sugere, esse profissional é responsável por listar os requisitos – informações sobre sistemas, aplicativos, páginas na web, ferramentas, entre outros – necessários para o andamento de determinado projeto. Isso ajuda a empresa a garantir, previamente, que a produção não seja prejudicada por falta de recursos.

Também existe o gestor de relacionamento com o cliente, ou desenvolvedor de plataforma salesforce, que é responsável por criar, configurar e implementar tecnologias voltadas especificamente para o contato com a clientela. Salesforce é uma plataforma integrada que dá suporte a várias ferramentas de desenvolvimento de apps, softwares em grande escala e websites.

Por fim, temos a profissão de pré-vendedor, ou "sales development representative" (SDR). Só pelo nome, é possível imaginar que esse profissional atua na pré-venda, ou seja, na prospecção de possíveis clientes (leads). No entanto, tendo o objetivo de passar para os vendedores apenas os prospectados mais qualificados, o desafio não é pequeno, pois exige desse profissional um conhecimento muito bem sedimentado sobre a persona da marca e sobre cada potencial cliente.


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